sexta-feira, 28 de outubro de 2011

OS ERROS DE MARX

AS BATATADAS
E ASNEIRAS
DE MARX
Por: Prof. Rui - www.averdadesufocada.com
 


Dizer que Marx tinha razão ...
pode ser fácil e difícil ao mesmo tempo.
No primeiro caso temos a facilidade proporcionada por uma legião de fãs que está sempre dizendo que o "guru" acertou qualquer coisa; também proporcionada pela infinita variedade de interpretações do velho Marx.No segundo caso o problema está nos fatos, que podemos até enumerar.
1) O velho Marx disse que o capitalismo levaria a pauperização ds trabalhadores. Errou.
Nem a escolaridade média crescente, nem a vida média crescente, nem a mortalidade infantil declinante, nem o consumismo crescente confirmam a profecia catastrófica. Qualquer menino sabe que desde o início da revolução industrial a qualidade de vida do proletariado e do homem em geral não cessa de melhorar. Menino, mulher, negro, viado, aleijado, velho, em fim, todos os bichos da arca de Noé estão vivendo melhor, inclusive os bichos mesmo.
2) Também considerou a exploração como essencial ao sistema capitalista, porque o valor seria trabalho cristalizado. Logo, todo lucro de toda empresa seria a "mais valia" gerada pelo trabalho dos trabalhadores, expropriada pelo capitalista. Errou.
Nenhum regime marxista adotou a "teoria do valor trabalho". Valor econômico é função da escassez e da utilidade, não da quantidade de trabalho. A assinatura do Neruda, num autógrafo, tem apenas alguns segundos de "trabalho" e pode ter um valor apreciável.
3) O capitalismo cairia, sengundo Marx, porque o "modo de produção capitalista" iria exaurir suas possibilidades produtivas. Errou mais uma vez.

As novas tecnologias (como atualmente acontece com a nanotecnologia, com a microeletrônica, com a informática, com a biotecnologia etc) estão fazendo a produção e a produtividade capitalista darem um enorme salto. O capitalismo, mais do que qualquer outro sistema, se renova e potencializa a capaciadade produtiva.
4) O velho Marx interpretou a História como sendo movida pelo conflito. Errou mais uma vez.
A solução de problemas (como o controle do fogo, aprender a semear, navegar com a energia dos ventos, fundir metais, a escrita, a roda, a imprensa, a máquina a vapor, a pílula anticoncepcional, os computadores etc), ao lado da solução política negociada para os problemas organizacionais e jurídicos da convivência social é que são o motor da História.
5) Marx entendeu ainda que o tal conflito que moveria a História seria entre as classes, esquecendo os conflitos de gerações, entre etnias, entre grupos confessionais, entre estados etc.
Errou mais uma vez, para variar, porque entendeu que as classes eram a unidade fundamental dos fenônenos históricos e sociais. Não são.
6) O velho Marx pensou que a História avançava quando uma classe dominada derrubava uma classe dominante, fazendo uma revolução. Errou, como sempre.
NUNCA uma classe dominada derrubou uma classe dominante. Não foram os servos da gleba que derrubaram a nobreza. Como não foram os escravos que derrubaram o escravismo clássico. Nem foram os proletários que derrubaram a burguesia, nas revoluções socialista ou comunistas. Quem derrubou a burguesia foi a pequena burguesia revolucionária (mais precisamente: a elite política e intelectual, aliadas), transformada em ativistas de tempo integral, profissionais da revolução, nos termos propostos por Lênin. O próprio termo "capitalismo" só se aplicaria, a rigor, à economia. A sociedade é muito mais complexa e mais ampla do que o capital. A análise do velho Marx é reducionista, economicista, mecanicista e determinista. Os neomarxista tentam salvá-lo de todos estes ismos, mas a tarefa é vã. Sem estes ismos não haveria "materialismo histórico".
7) Marx pensou (ou quiz nos fazer acreditar) que o proletariado chegaria ao poder, que haveria uma sociedade igualitária, sem hierarquia. Errou.
Tudo isso é história da corochinha. Proletários podem até chegar ao poder, mas ipso facto deixam de ser proletários (vide Lula). Quem faz a História são as elites. Elite econômica, militar, intelectual, política e clerical. O resto é conversa mole.
Não existe nem existiu sequer um grupo sem hierarquia, sem rito e mito. A divisão social do trabalho não perdoa. A superação da dita divisão, como o velho Marx sonhou na obra "A ideologia alemã", dizendo que sonhava "viver numa sociedade em que pela manhã ele pudesse ordenhar vacas, a tarde cuidar de jardins e a noite fazer poesia". Isso nunca foi possível. Nem mesmo numa sociedade tradicional e artesanal isso era possível. Até caçadores e coletadores têm divisão do trabalho. Hoje, então, nem se fala. Nem o velho Marx teria coragem de pensar em pilotar um Airbus pela manhã, praticar neurocirurgia a tarde e ser analista de sistemas na parte da noite. E a complexidade da sociedade não tem volta.
8) O velho Marx pensava que as máquinas desempregariam, substituindo o trabalhador. Por isso, ainda hoje muita gente boa repete essa bobagem. Veja o caso da máquina a vapor, que ele pensava que desempregaria. Ela "desempregou" tanto que foi preciso tirar a mulher do pé do fogão e a criança dos folguedos para trabalharem nas fábricas, para atenderem a demanda por mão-de-obra.

9) O velho Marx pensou que a origem de todos os conflitos que segundo ele moveriam a História era o interesse econômico (materialismo histórico). Errou mais uma vez.
A paixão, tanto ou mais que o interesse, move o mundo. A paixão marxista é prova disso: moveu o mundo como um pe de vento (para pior), levada pela paixão pelo poder, pela paixão por uma justificativa para os fracassos e para a torpeza humanas, paixão pela ideia de sabedoria, saber fazer um mundo perfito.
O cara conseguiu errar todas.
10) Só acertou na torpeza e na paranóia que proporciona uma multidão de seguidores para ele.
10.1) Os torpes se sentem desculpados pela própria torpeza, já que a "culpa de tudo" é do "sistema capitalista";
10.2) os fracassados se sentem justificados pela mesma razão;
10.3) os ignorantes se acham sábios, porque explicam tudo com meia dúzia de conceitos (capitalismo, exploração, dominação de classe, alienação etc);
10.4) os paranóicos se acham normais, já que o conflito é mesmo a "mola da História" e a dominação está em todo lugar.

10.5) os que têm a consciência pesada se sentem virtuosos por apoiarem uma ideia supostamente brilhante e nobre, capaz de levar as pessoas ao ceu sem precisar que elas morram (basta que matem alguns milhões de reacionários).

11) O marxismo é a "torre de babel". Quer chegar ao céu com a sua construção. Mas só conseguiu balburdiar as linguas dos homens, gerando desentendimentos. Aliás, no mito bíblico, há uma referência, no projeto da torre, digo, no projeto de chegar ao céu pela sabedoria dos homens, a uma ideia de todos permanecerem juntos, unidos, empenhados na construção da torre...

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