terça-feira, 8 de novembro de 2011

CEL. GÉLIO FREGAPPANI - SUPER COMENTÁRIO 114

MEGALANÇAMENTO


-Cel Fregapani, Segue o link do seu livro a venda na internet:
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Tagore- Editora Thesaurus e Livraria Cultura


A Amazônia no Grande Jogo Geopolítico – Um Desafio Mundial


SUPER COMENTÁRIO 114
Comentário nº. 114 - 06 de novembro de 2011

Assuntos:
Geopolítica- A próxima guerra;  Amazônia e ONGs
Geopolítica - A próxima guerra

 Preparando o ataque ao Irã O governo de Israel evidencia o desejo de atacar, antes que o Irã adquira capacidade nuclear, mas hesita em fazê-lo sem o aval dos EUA. Israel sabe que seu poderio nuclear, estimado em 200 bombas, teria condições de dissuadir a qualquer um, menos a um doido capaz de se explodir para causar algum dano. Ainda que Israel tenha razão, as consequencias podem ser maiores do que o previsto, pois o Irã não é um Iraque nem uma Líbia. A esperança de Israel seria de arrastar os EUA na guerra, e tem cacife suficiente para consegui-lo.

O desenvolvimento de capacidade nuclear do Irã seria uma ameaça para Israel para os Estados Unidos um transtorno, mas não uma ameaça vital. Certamente Barack Obama não gostaria de atacar o Irã antes das eleições de 2012, mas a aliança com Israel, a necessidade de petróleo, a evaporação da credibilidade do dólar, a deterioração das relações com a Turquia e com o Egito e a crise financeira causando distúrbios internos tipo “ocupemos a Wall Street”,são caminhos que por si só, podem precipitar outra campanha militar norte-americana no Oriente Médio. Tudo está confirmando a famosa conferência do gen. Wesley Clark em 2002, onde revelou planos estadunidenses para desestabilizar sete países do Oriente Médio, iniciando pelo Iraque e concluindo pelo Irã. Motivo: petróleo.
Certamente a Europa não vai se opor, pelo menos não depois de ter atacado a Líbia. A Grã-Bretanha se prepara para participar da ação militar, inclusive oferecendo suas bases militares no Oceano Índico. Já estuda as melhores posições para instalar seus submarinos e navios. A Rússia e a China mesmo que se oponham, não iriam a guerra por isto, já que também tem motivos para temer a ameaça islâmica
 Informações da inteligência sobre o programa nuclear iraniano, nos moldes das usadas do ataque à Saddam são fracos demais para servir de pretexto, mas uma provocação, ou mesmo uma farsa tipo Torres Gêmeas pode antecipar os acontecimentos. Essa provocação, real ou forjada, talvez aconteça em Israel.
- Rumo provável das Operações – Uma guerra se sabe como inicia, mas não como termina. Podemos supor que devastadores bombardeios convencionais desmontem toda infra-estrutura iraniana, e contenham o Egito, a Turquia e ou a Síria se essas saírem dos protestos retóricos. Provavelmente as operações terrestres serão do tipo “commandos”, evitando a ocupação permanente do terreno, mas é algo que pode acontecer, pois lá estão as jazidas do ouro negro e os EUA ainda se acreditam bemvindos. Surpreendem-se porque o povo invadido lhes resiste, se eles só os estão bombardeando para protegê-lo dos tiranos A desproporção de forças e de tecnologia garante a vitória militar, mas não a ocupação tranquila. 
- Consequencias – Em médio prazo os EUA e EU terão garantido o suprimento de petróleo e a segurança de Israel, mas a curto prazo cairá a produção de petróleo e o preço irá as alturas. A China aproveitará para se acertar com Taiwan, mas a grande beneficiária será a Rússia; neutra e com seu grande excedente de petróleo caríssimo. Talvez nós também, com o pré-sal, se pudermos manter a neutralidade. Quanto ao Império Americano, cremos que conseguirá interromper seu declínio, mas verá crescerem de importância a Rússia, a China, a Índia e mesmo o nosso Brasil.
Claro, isto tudo é só o resumo de um cenário. Pode acontecer outra coisa ou até não acontecer nada.

ONGs, Ministérios e o desenvolvimento da Amazônia
A ladroagem nas ONGs dos ministérios dos Esportes e do Turismo chamaram atenção do Pais, mas nem arranharam ainda as piores: as que recebem recursos do estrangeiro, para nos arrancarem um pedaço do território. As ligações dessas são com a Funai e  com o Ibama, e sua atuação principal é evitar o desenvolvimento e consequente ocupação da Amazônia por nós.
A Amazônia jamais terá seu potencial de riquezas incorporado ao País, sem a infraestrutura imprescindível ao aproveitamento de suas vastas riquezas, principalmente em minérios, fauna e flora. Assim, as obras das hidrelétricas da usina de Belo Monte, em Altamira, no Pará, e de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, são indispensáveis a qualquer esforço desenvolvimentista. Essas obras, que promoverão migrações populacionais para o preenchimento de espaços vazios existentes desde o início dos trabalhos, tem sido sistematicamente obstadas por ação das ONGs.
Orientados por ONGs, líderes indígenas  prepararam, quase sigilosamente, o I Encontro dos Povos Indígenas de Altamira, realizado em fevereiro de 1989. A Eletronorte compareceu desprevenida. Estava certa de que os convenceria a aceitarem as barragens no Xingu. Seriam das maiores e mais baratas hidrelétricas que se podiam  pretender em qualquer parte do mundo. Saiu escorraçada. E os projetos, arquivados. Entretanto o País necessita dessa usina, capaz de fornecer ainda mais energia do que a nossa parte na de Itaipu. Isso foi um disparate que muito prejudicou o País.
Os estrangeiros se valeram das ONGs, e estas dos índios.  Eles tocam no inconsciente coletivo, tanto o nacional quanto – e, sobretudo – o internacional. Suas utopias, fundadas numa sociedade distinta da nossa e associada a uma idéia de Rosseau se apresentam como se fossem mais puras do que a nossa sociedade corrompida, mas não é assim. O tema é mais complicado. Trata-se de disputa disfarçada por recursos naturais escassos.
Passados quase 30 anos, as cinco represas previstas para o Xingu foram reduzidas a uma só. Belo Monte, bem menor do que a usina original, de Kararaô e só agora, 10 anos depois da retomada do projeto, começou a montagem do acampamento para a execução das obras. Novamente os índios são os pretextos para evitar o desenvolvimento, mas felizmente se esboça uma reação. O licenciamento ambiental não poderá mais impor condicionantes à liberação de empreendimentos que não tenham relação direta com o impacto da obra. Serão beneficiadas com esse novo modelo de licenciamento, linhas de transmissão, rodovias, portos e do setor de petróleo e gás e obras de infraestrutura como Belo Monte, as quais até agora eram paralisadas desde por reclamações de índios distantes até para proteger uma perereca “em extinção” sempre sob o patrocínio das malditas ONGs estrangeiras.
Creio que podemos creditar a doma dos ecoxiitas à firmeza da Dilma. As pressões que está recebendo fariam ceder a alguém menos corajoso, como o Lula cedeu no caso da Raposa.

Não dá para acreditar
Em vez de treinamento de combate, uma turma de 200 soldados recebeu treinamento de guarda-parques na Reserva Biológica de Guaratiba,  na Zona Oeste do Rio. Os 200 soldados foram treinados pelo Serviço de Guarda-Parques e ajudarão a fiscalizar a unidade de conservação e a combater incêndios.

Que Deus guarde a todos nós
Gelio Fregapani é Coronel da Reserva do Exército Brasileiro.  É também fundador do CIGS-Centro de Instrução de Guerra na Selva, maior especialista em Amazônia e escritor com inúmeros best-sellers publicados sobre a situação brasileira na geopolítica mundial. Lenda viva do exército verde-amarelo.

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