sábado, 19 de novembro de 2011

CEL. GÉLIO FREGAPPANI - SUPER COMENTÁRIO 115


SUPER-COMENTÁRIO
Comentário nº. 115 - 15 de novembro de 2011

Assuntos:  
Pequenas Notícias; Desindustrialização; 
Para que pleitear vaga no Conselho de Segurança? 
 Orgulho e Vergonha.

Pequenas notícias
Em julho, a Funai recebeu 7 mil dólares para permitir uma equipe de jornalistas australianos a entrar na terra de índios  e o tradutor manipulou a tradução. A cobrança irregular e a farsa da tradução foi descoberta semanas depois. Continua a mesma!
Após diversos escândalos das ONGs, o governo suspende por 30 dias os pagamentos e quer extinguir de vez convênios com elas. Esperemos que, além das corruptas, atinja também as indianistas e ambientalistas que trabalham contra a Pátria, e depois expulse as piores – as controladas pelo estrangeiro.
Cesare Battisti está hospedado na residência de Magno Carvalho diretor do Sindicato dos Empregados da Universidade de São Paulo,  que comandou a “guerrilha” dentro do campus da universidade. Bem orientados, não?
Mercados colapsam nos Estados Unidos e na Europa. A dívida dos governos é impagável. Já se diz que esta situação será pior que a grande depressão americana de 1930. Essas crises costumam terminar em guerras
O pré-candidato republicano Mitt Romney acusou,esta quinta-feira, o presidente americano, Barack Obama, de ser ingênuo perante o Irã e prometeu que, se for eleito presidente, "preparará a guerra" contra a República Islâmica.
A desvalorização de outras moedas e principalmente os juros altos que desestimulam a produção fizeram que a indústria brasileira perdesse espaço não só para a chinesa, mas também para a de outros países. Protecionismo faz parte da solução
Ambientalistas, querendo preservar um naco da floresta, sugerem que ao invés de construir Belo Monte, construir uma barragem no Tietê que inunde a cidade de São Paulo. Ou são idiotas ou pensam que nós somos.
 Está em discussão na Presidência da República uma reestruturação do Incra para reduzir suas atribuições e buscar alguma eficiência em sua missão original de controlar a estrutura fundiária do país. Que bom! Até agora o Incra só criou conflitos e prejudicou o progresso. O Incra é considerado na Amazônia como um dos dentes do garfo do diabo, juntamente com a Funai e o Ibama.

Continuaremos a nos desindustrializar?
Apesar dos nossos imensos recursos naturais nossa base industrial está sendo desfeita por impossibilidade de concorrer, mesmo no mercado interno, com a mão de obra mais barata dos orientais e com a melhor administração e tecnologia superior de uns quantos outros.
Os produtos primários nos dão, com a folga financeira, oportunidade de avançar na indústria, a única ação que pode nos conduzir ao primeiro mundo.
Como? Inicialmente dificultando a importação de coisas que podemos fazer; oferecendo o mercado a quem fabricar aqui. É protecionismo? Claro, mas nenhuma economia cresceu sem certa dosagem de protecionismo. Somente depois de estabelecer sua base industrial foi que os povos atualmente hegemônicos passaram a propugnar pelo livre comércio. Felizmente há indícios que estamos entrando neste caminho, com  elevação dos impostos aos carros importados.
Em seguida estimular e financiar a pesquisa, a ciência e tecnologia. Custa dinheiro? Claro, mas nossa situação econômica permite. A pobre Índia consegue. Por que não nós? Na verdade só a pesquisa contínua pode evitar a obsolescência.
Segundo nossa inviável Constituição, não existe mais diferença entre empresas brasileiras de capital nacional e empresas brasileiras de capital estrangeiro; o governo FHC acabou com esta diferença e o governo Lula preferiu não tocar no assunto, contrariando o seu próprio discurso eleitoral
Paradoxalmente a Dilma parece compreender e a agir o interesse nacional. Claro que encontra oposição dos entreguistas em nome de um liberalismo distorcido, mas ao menos neste caso devemos aplaudir e estimular.

ONU Para que?
Desde o governo Itamar Franco, o Brasil pleiteia um cargo permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Para que? O órgão é formado por 15 países – cinco permanentes e dez rotativos. O conselho tem a mesma estrutura desde a 2ª Guerra Mundial. Os cinco principais vencedores da II Guerra tinham e mantém  teoricamente poder de veto, mas isto só funcionava realmente num mundo bipolar, e entre as duas superpotências de então. Agora, os quatro China, Rússia, França e Reino Unido, todos nucleares, sabem que não serão atacados, mas veto mesmo é só para os EUA.
Tomar parte em um Conselho de Segurança sem poder de veto assemelha-se a masturbação: pode dar algum prazer, mas não leva a nada nem produz frutos.
Melhor desistirmos dessa pantominia e cuidarmos do nosso desenvolvimento, inclusive nuclear. Assim poderemos ter até ”álgum” poder de veto .

Orgulho e vergonha
Tenho orgulho do nosso Exército. Emocionam-me a Epopéia dos Guararapes, as lutas no Sul, os lances da Guerra no Paraguai, a FEB e tantas figuras heróicas, avultando a personalidade sem jaça de Caxias, transformando adversários em colaboradores e ex-inimigos em camaradas de armas.
Também tenho vergonha de alguns episódios. Não me envergonha a ação de 64. O Exército fez o que tinha que ser feito. Envergonha-me a quartelada que proclamou a República, encerrando o melhor governo que já tivemos e jogando o nosso País no caos. Envergonha-me do episódio de Canudos onde exterminamos nossa gente, além de demonstrar uma incompetência dificilmente igualada por outro Exército. Finalmente me envergonho do apoio dado aos órgãos traidores da Funai e Ibama no despovoamento da Amazônia e da traição ao dificultar ao máximo a fabricação de armas no Pais.
Talvez nossos militares, nos diversos níveis da hierarquia, tenham recebido ordens superiores de expulsar brasileiros de suas terras para entregá-las até mesmo a índios vindo do exterior; a impedir a agricultura e a indústria para preservar bagres e sapos, tudo a comando de ONGs estrangeiras dirigidas pelo capital internacional. Eles sabem que estão agindo contra a Pátria, mesmo assim cumprem as ordens.
Com tal atuação o Exército está perdendo sua única vantagem: a confiança da população. A FAB, antigamente considerada benemérita na Amazônia, já perdeu, quando por falta de combustível passou a voar para a Funai e o Ibama, os inimigos do progresso. Agora é a vez do Exército. Pode ser que ideologicamente cooptados, alguns militares o façam com prazer. Neste caso são traidores. Mais provavelmente o fazem por covardia, escudando-se, em nome da disciplina, numa distorcida lealdade que deveria ser primeiro para a Pátria. Para estes ofereço simbolicamente uma pena branca. Eles sabem o que isto significa.   

Que o SENHOR DEUS guarde a todos nós

Gelio Fregapani
Gelio Fregapani é Coronel da Reserva do Exército Brasileiro.  É também fundador do CIGS-Centro de Instrução de Guerra na Selva, maior especialista em Amazônia e escritor com inúmeros best-sellers publicados sobre a situação brasileira na geopolítica mundial. Lenda viva do Exército verde-amarelo.

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